Na onda do pistache: sabor cai no gosto do público em 2024 e pode surpreender em 2025

pistache 2024 creditos freepik

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(Foto: Freepik)

O ano de 2024 está bem próximo de dar adeus para dar lugar a 2025. Do dia 1° de janeiro até agora, muitas coisas mudaram. Porém, no ramo da gastronomia, o pistache seguiu em alta de ponta a ponta.

Da Páscoa ao Natal, o que mais se viu foram produtos feitos com essa noz, que sequer é plantada no Brasil. O pistache é originário das regiões montanhosas do Oriente Médio. Dessa forma, tudo o que é consumido deste produto vem do exterior.

Em Juiz de Fora, essa noz tem aumentado. De acordo com dados fornecidos pela loja Senhor a Granel, houve o aumento em 25% na procura do público pelo produto e seus derivados, mesmo que o grande foco de venda da loja seja os temperos, chás e cereais.

De acordo com a loja, o ano de 2024 foi o melhor do pistache desde a sua implementação na lista de produtos vendidos. Isso também impactou aqueles que levam o sabor da noz. “O aumento nas vendas foi tão significativo que alguns produtos, como barras de proteína com sabor pistache, esgotaram rapidamente em diversas lojas, evidenciando a popularidade crescente.”

Um dos ramos em da gastronomia em que o pistache tem ganhado grande destaque é no dos sorvetes. Na Sol & Neve, que possui lojas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, os produtos com esse sabor têm ganhado cada vez mais espaço.

De acordo com o diretor de marketing da marca Marcos Monteiro, o pistache passou a integrar a lista dos cinco produtos mais procurados em 2024. No ano passado, ele havia ficado entre os 20. Ele também destaca que o picolé de pistache, lançado há poucos meses, já ocupa a primeira posição no ranking de faturamento da empresa.

“O pistache teve um crescimento espetacular. Em apenas um ano, ele deu um salto do top 20 para o top 5 dos sabores mais vendidos nas sorveterias Sol & Neve. O nosso picolé, lançado há poucos meses, já é o número 1 em faturamento. É o sabor sensação, o queridinho do momento. Inicialmente, o pistache pode gerar curiosidade, talvez pela cor vibrante ou o sabor sofisticado, mas depois de uma, duas, três colheradas… não tem volta”, afirma Marcos.

O diretor de marketing da marca também aponta que o sucesso contínuo do pistache levou a criação de outros produtos que carregam a noz. Para ele, além do sabor, os benefícios para a saúde são pontos chaves para esse aumento expressivo ao longo do ano.

“Ao longo do ano, vimos um crescimento contínuo no interesse e por isso lançamos muitas versões com pistache. Além do sorvete tradicional, lançamos picolé com cobertura crocante, bombom de sorvete de pistache, cone de sorvete recheado com ganache de pistache e pistaches granulado. (O aumento) não é só entre os jovens, influenciados pelas redes sociais, mas todos que adoram um sabor delicioso, e até aqueles que se preocupam com a saúde. Afinal, é uma oleaginosa rica em nutrientes, ele conquistou quem busca indulgência, mas com aquele toque de bem-estar. O pistache não é só um sabor, é a tradução perfeita de sofisticação em forma de sorvete.”

 

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Para a confeiteira Aline Porto, da Aline Porto Confeitaria Artesanal, o pistache tem ganhado bastante atenção do público em geral, porém ela aponta que outros produtos que carregam sabores de tendências antigas ainda têm grande procura. “Ao longo deste ano, os produtos produzidos com pistache estão entre os mais procurados. Porém, ele ainda perde para outros que carregam tendências de anos anteriores, como Nutella e Leite Ninho”, destaca a confeiteira.

Pistache ainda pode se manter em alta para 2025?

Com poucos dias para o fim de 2024, o pistache deve chegar no ano de 2025 com tudo. Porém, ele ainda tem condições de se manter entre os queridinhos do público por mais 12 meses?

Para o marketing do Senhor a Granel, a expectativa é que os números de venda do pistache se mantenham conforme aconteceu ao longo de 2024. Eles ainda destacam que “com o incentivo para experimentar o pistache, o consumidor parece mais disposto a incluir esse produto em sua rotina alimentar, o que deve sustentar as vendas nos próximos anos”.

No mesmo caminho, Marcos Monteiro aposta que o pistache tem condições de se tornar “um clássico”, assim como outros produtos da Sol & Neve. “O pistache mostrou que tem tudo para se tornar um verdadeiro clássico. Assim como o nosso creme de açaí, que começou como uma moda e hoje é um dos nossos carros-chefes. O pistache conquistou um lugar no paladar dos brasileiros.
Foi redescoberto pela gastronomia e agora faz parte dos sabores que amamos. O pistache é o novo queridinho e veio para ficar. Ele é uma celebridade.”

Marcos também revela que a empresa irá lançar mais um produto que carrega o sabor do pistache em janeiro, desta vez voltado para a linha zero açúcar. Ele também aponta que o novo picolé será produzido em parceria com uma famosa marca de chocolates, voltada para os produtos que não carregam açúcar. “Estamos sempre atentos às tendências e o pistache segue firme como uma aposta para 2025. O lançamento de janeiro é de sorvete de pistache, com casquinha de chocolate branco e pistaches granulados, tudo zero adição de açúcares, em um co-branding com uma famosa marca de chocolates zero – GoldKo.”

O diretor da Sol & Neve também aponta que mais lançamentos de produtos de pistache irão acontecer ao longo de 2025, com o foco para os mais variados tipos de consumidores. “Nossa equipe já está desenvolvendo combinações criativas, como pistache com frutas e chocolates especiais. Além disso, planejamos explorar variações com pistache em versões zero, versões veganas, para agradar diferentes perfis de consumidores. Afinal, quem disse que o pistache não pode ser ainda mais surpreendente?”

Para a confeiteira Aline Porto, o pistache ainda deve seguir como uma tendência ao menos para a Páscoa de 2025. Porém, ela reitera que elementos externos, como o aumento do dólar ao longo do mês de dezembro, podem influenciar na queda do interesse pelo pistache. “Acredito que o pistache ainda esteja em alta, ao menos nos primeiros meses de 2025. Porém, caso a alta do dólar se mantenha ao longo do próximo ano, além de outros fatores externos, a importação desse tipo de produto pode ficar ainda mais cara, o que pode impactar na procura por esse produto.”

*estagiário sob a supervisão da editora Cecília Itaborahy

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