Petistas chamam Natália de “ingrata” por votar contra pacote fiscal de Lula

A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) foi alvo de críticas de correligionários petistas por ter votado contra os projetos do pacote fiscal enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. A atitude da parlamentar foi considerada uma “postura de ingratidão” dela com o presidente Lula.

A informação foi publicada pela coluna “Painel” da edição de domingo (22) do jornal Folha de São Paulo. A reportagem não citou nomes, atribuindo as críticas à deputada potiguar genericamente a “integrantes do PT”.

O pacote de contenção de gastos do governo federal foi aprovado na última quinta-feira (19) na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Na sexta-feira (20), a emenda constitucional foi promulgada pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Além de Natália, outros dos petistas também votaram contra o pacote de cortes de gastos do governo Lula: os deputados federais Rui Falcão (SP) e Marcon (RS). Fernando Mineiro, o outro petista da bancada potiguar, votou a favor dos projetos na Câmara dos Deputados.

A “ingratidão” de Natália, segundo a Folha, se deveria ao fato de a deputada ter recebido o apoio do PT na campanha à Prefeitura de Natal, incluindo a vinda de Lula para um comício ao lado dela no segundo turno na Zona Norte de Natal. Natália terminou sendo derrotada pelo deputado federal Paulinho Freire (União Brasil).

Em suas redes sociais, Natália justificou seu votou contrário ao pacote fiscal afirmando que não apoiaria “propostas que diminuem o poder do governo de mudar a vida de nosso povo”. “O mercado busca chantagear o governo com seu tom de sempre: retirar direitos dos mais pobres e manter privilégios dos de cima”, escreveu a deputada.

A Emenda Constitucional 135/24, oriunda da PEC 45/24, faz mudanças no teto dos salários do funcionalismo público, nas regras de concessão do BPC e do abono salarial, na política de reajuste do salário mínimo, além de estabelecer regras com limites para a concessão e ampliação de benefícios tributários e limitação do crescimento de despesas vinculadas ao arcabouço fiscal.

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