RN pode ter cota de tela para filmes potiguares

Os potiguares podem ter a chance de assistir as produções de filmes e curtas locais na grande tela do cinema. É o que prevê o Projeto de Lei nº 278/2021, aprovado nesta quarta (18) na assembleia legislativa, de autoria da deputada estadual Isolda Dantas (PT).

Pela “Cota de Tela”, os cinemas do Rio Grande do Norte terão que reservar 70 minutos de sua programação por semestre para exibição de longas ou curtas. Para ser considerada potiguar, a produção terá que ter registro na Agência Nacional de Cinema (Ancine) e equipe majoritariamente do Rio Grande do Norte.

O PL também estabelece multa de 5% da receita bruta média diária de bilheteria, apurada no ano da infração, multiplicada pelo número de dias do descumprimento. Se a receita bruta de bilheteria do cinema não puder ser apurada, será aplicada multa no valor de R$ 100,00 por dia de descumprimento multiplicado pelo número de salas.

Para começar a valer, além da sanção da governadora, o projeto ainda precisa de regulamentação, o que deve ser feito através de consultas a entidades representativas do setor cultural e audiovisual, como produtores, distribuidores e exibidores.

A aprovação do projeto de lei da Cota de Tela é um marco para o fortalecimento da cultura potiguar! A partir disso nós vamos garantir mais visibilidade às produções locais e fomento a indústria audiovisual no estado na medida em que protegemos a nossa produção cultural contra a hegemonia do cinema estrangeiro. Nossos filmes já são premiados internacionalmente, agora eles vão conseguir chegar a quem mais importa: o público”, ressalta Isolda Dantas.

Cinema potiguar em cartaz

Cena de Big Bang I Imagem: reprodução

Em 2021 o curta-metragem Sideral, dirigido por Carlos Segundo, foi finalista da mostra competitiva do Festival de Cannes, na França. Já em 2023, a produção potiguar foi o único filme de ficção brasileiro na pré-lista do Oscar. Também em 2023 o curta-metragem “Big Bang”, do diretor Carlos Segundo, entrou para a plataforma MUBI Brasil. 

Em 2024, o longa-metragem potiguar ‘O Alecrim e O Sonho’, escrito e dirigido por Valério Fonseca, teve exibição gratuita nos cinemas, chegando a ficar entre os 28 filmes brasileiros escolhidos pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil no Oscar 2024, na categoria de Melhor Filme Internacional.

Cena do longa O Alecrim e o Sonho I Imagem: divulgação

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