Posição de corpos sugere que passageiros foram avisados sobre queda

O diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) do estado de São Paulo, Maurício Freire, afirmou que a posição em que os corpos foram encontrados indica que os passageiros do avião da VoePass podem ter sido alertados sobre a possibilidade de queda.Todos os 62 ocupantes da aeronave morreram no acidente aéreo, na última sexta-feira, 9, em Vinhedo, interior de São Paulo.Leia mais:>> Queda do ATR-72: Análise aponta condições meteorológicas críticas>> ‘O que está acontecendo?’: revelados momentos finais de queda de avião>> VoePass: Último áudio da caixa-preta revela gritos dos passageirosDe acordo com a perícia, grande parte dos passageiros estava com as mãos protegidas, o que indica a possibilidade de estarem em uma das posições de “brace” — com a cabeça entre os joelhos, abraçando as pernas. Essa conduta, que pode ter sido recomendada pela tripulação ou adotada por conta própria dos ocupantes ao perceberem o perigo, pode reduzir os impactos de uma aterrissagem forçada.“De alguma maneira, e aí talvez o Cenipa possa vir a esclarecer esse ponto, grande parte das vítimas encontradas nesse caso estavam com as mãos preservadas. Isso ajudou muito, inclusive naqueles pouco carbonizados”, disse Freire, na quinta-feira, 15.“Eu não sei se houve um comando da tripulação de que estavam em emergência, ou se as pessoas perceberam com essa queda acentuada, mas muitos corpos estavam naquela posição, o que não aconteceu na Latam, porque eles estavam pousando normalmente e de repente a aeronave entrou no prédio. Então acho que isso é fundamental”, afirmou o diretor do IIRGD.Leia também:>> Presidente da Voepass faz 1º pronunciamento após tragédia em Vinhedo>> VoePass planeja aumentar quantidade de voos na Bahia; veja novas rotasMaurício Freire também participou do trabalho de identificação das 199 vítimas do acidente aéreo da TAM (hoje Latam) em 2007. O Airbus A320 da companhia que vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, tentou pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas atravessou a pista e colidiu com um prédio de cargas da própria empresa. Com o choque, o avião explodiu e pegou fogo.
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